domingo, 29 de junho de 2008

minha historinhaaaaa

Naturalmente minha mãe dizia: "Ela é uma criança, não entende nada".
Por dentro eu ria satisfeita e muda — Eu era uma mulher e entendia tudo...
Hoje só, com meus problemas Rezo muito, mas eu não me iludo...Sempre me dizem quando fico séria: "Ela é uma mulher, e entende tudo."
Por dentro com a alma tarantada — Sou uma criança, não entendo nada !

Erasmo Carlos que disse :)

:)

"Não sei por que Mas, às vezes, me sinto tão bem...
Talvez nem perceba
Mas são coisas simples
Que me fazem respirarE seguir em frente
Não sei por que
Mas, às vezes, me sinto tão bem
Talvez nem mereça
Quero viver outro tanto
Nunca me senti tão sonora
Agora, como sempre, é cedo
Me sinto tão bem
Não peço licença
Pra ser feliz sem motivo
Sou feliz porque sim !
E porque você respira
Não sei por queMas, às vezes, me sinto tão bem
Mas desta vez, com certeza
Vou usar meus minutos guardados
Eu tenho a paz de um riso livre me sintoTão bem...."

música do jota quest*********

quinta-feira, 26 de junho de 2008

"Sabiedade"..............

Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.

Clarice Lispector

+

"Viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso não-ser... Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhece; e a subjetiva... Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos - Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!!!Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência."

E você... O que pensa disso? Que desafio, hein?"... Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la..." (Perto do Coração Selvagem - p.55)
Clarice Lispector

Hummm

"Ia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.Como eles admiravam estarem juntos!Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto, ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."

--------------> Clarice Lispector