terça-feira, 13 de julho de 2010

Quatro Leis da Espiritualidade

Na Índia, são ensinadas as "Quatro Leis da Espiritualidade":
A primeira diz: "A pessoa que vem é a pessoa certa".
Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.
A segunda lei diz: "Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido".
Nada, nada absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe.
Não há nenhum "se eu tivesse feito tal coisa..." ou "aconteceu que um outro ...". Não.
O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente.
Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.
A terceira diz: "Toda vez que você iniciar é o momento certo".
Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.
E a quarta e última afirma: "Quando algo termina, ele termina".Simplesmente assim. Se algo acabou em nossas vidas é para a nossa evolução. Por isso, é melhor sair, ir em frente e se enriquecer com a experiência. Não é por acaso que estamos lendo este texto agora. Se ele vem à nossa vida hoje, é porque estamos preparados para entender que nenhum floco de neve cai no lugar errado...

*algum indiano provavelmente escreveu isso...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

NORMOSE (a doença de ser normal)

Todo mundo quer se encaixar num padrão.
Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de
alcançar.
O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e
bem-sucedido. Bebe socialmente, está de bem com a vida, não pode
parecer de forma alguma que está passando por algum
problema.
Quem não se "normaliza", quem não se encaixa nesses
padrões,
acaba adoecendo.
A angústia de não ser o que os outros esperam de nós
gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras
manifestações de não enquadramento. A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós? Quem são esses ditadores de comportamento que
"exercem" tanto poder sobre nossas vidas? Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que
você seja assim ou assado.
Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer ser o que não se precisa ser.
Você precisa de quantos pares de sapato?
Comparecer em quantas festas por mês?
Pesar quantos quilos até o verão chegar? Então, como aliviar os sintomas desta doença? Um pouco de auto-estima basta.
Pense nas pessoas que você mais admira:
não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas
que desenvolveram personalidade própria e arcaram com
os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não
patentearam, não passaram adiante.
O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude.
E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. Eu simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam para remover obstáculos mentais e emocionais e tentam viver de forma mais íntegra, simples e sincera.
Para mim são os verdadeiros normais, porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações.
Se parecem sofrer, é porque estão sofrendo.
E se estão sorrindo, é porque a alma lhes é iluminada. Por isso divulgue o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

*Michel Schimidt Psicoterapeuta

----

NORMALIDADE:
"E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música".

*Friedrich Nietzsche